15/07/2012

DIA DO HOMEM

Hoje é dia Nacional do Homem! 

Em comemoração a este dia o jornal Tribuna fez uma matéria:

 

Eles estão invadindo o mundo delas


Para a psicóloga Angelis, é mais difícil para o homem assumir suas fragilidade

Hoje, dia 15, comemoramos o Dia do Homem e, assim como vem ocorrendo com as mulheres, o comportamento e o papel do sexo masculino na sociedade também vem se transformando. Aos poucos, eles começam a exercer funções que antes eram praticamente femininas. Hoje muitos homens atuam como secretários do lar, recepcionistas, babás e estão cada vez mais preocupadas com a estética, mas ainda pecam no cuidado com a saúde.
Um desses exemplos é Dorival José dos Santos, de 30 anos, que vive uma rotina diferente de muitos homens. Ele é empregado doméstico há quase três anos e gosta do que faz. Se tornou empregado doméstico depois de trabalhar como babá em Curitiba. Dorival simplesmente gosta dos serviços domésticos e decidiu então unir o útil ao agradável, mudando sua vida em 2009. No emprego atual, onde está há três meses, realiza todos os serviços da casa como lavar roupa, limpeza, faz almoço, tudo que compete a um empregado doméstico.
Acássio Marcondes
Dorival José dos Santos trabalha há três anos como empregado
doméstico; ele adora a profissão 
“Eu gosto, me sinto bem”, revela. Apesar disso, declara que ainda sofre preconceito. “As pessoas comentam, outras perguntam”, diz. E quanto a uma possível competição com as mulheres que exercem a mesma profissão, Dorival é enfático: “Acho que o homem é bem caprichoso, é igual à mulher”.
A psicóloga Angelis Martins comenta que essas transformações aconteceram a partir da mudança da atuação da mulher na sociedade, pois hoje elas desempenham múltiplas tarefas. “O homem teve que assumir um novo papel”, fala. Lembra ainda que a divisão de tarefas entre homens e mulheres se tornou fundamental e que os homens, quando decidem fazer algo em casa, realizam o sreviço perfeitamente. “Eles tiram de letra”, diz.
Saúde
Mas apesar de tantos avanços os homens ainda têm preconceito em aspectos relacionados à saúde. “O homem não assume que está doente para não admitir um lado frágil”, diz Angelis, que reitera que ao contrário da mulher, o homem quando se vê fragilizado procura outras formas de amenizar essa situação. Ao invés de procurar acompanhamento profissional, acaba buscando em vícios algo que diminua sua angústia ou tristeza. “Não é da cultura do homem assumir uma doença física ou mental”, ressalta Angelis.
Essas situações são provenientes da formação cultural, que colocava o homem como o responsável pela casa e pelo sustento. Essa responsabilidade faz com que o homem se coloque como forte e assim não admita fracassos e nem seus medos.  Isso se reflete não só em questões psicológicas, mas também nos casos em que o homem tem um problema físico.
É o que revela o médico urologista Eufânio Saqueti. Cerca de 70% dos seus pacientes são homens e muitos, na maioria das vezes, procuram o médico por questões relacionadas diretamente à próstata, que é a segunda maior causa de morte entre os homens.  Apesar de ser o principal fator de mortalidade do sexo masculino, quando descoberto em tempo, tem 90% de chance de cura. Para garantir e detectar qualquer alteração, é necessário que o homem realize pelo menos uma vez ao ano o exame de toque e de sangue.  “Entre 45 a 65 anos a chance de perder a vida se não tratar é maior”, conta Saqueti destacando ainda que é nessa faixa etária que o câncer atua com maior agressividade se não detectado a tempo.
Mas o urologista ressalta que não são apenas questões ligadas a próstata que são importantes para a saúde masculina. Ter uma vida sexual bem definida e saudável também é considerada benéfica para o bem-estar do homem. Além disso, buscar informações e procurar conhecer e cuidar do corpo é fundamental.
Saqueti destaca, por exemplo, a andropausa que atinge entre 10% a 20% dos homens que passam dos 45 anos. É uma espécie de menopausa masculina, mas diferente das mulheres onde todas passam por isso, nos homens apenas uma parcela passará por esse processo. “Consiste na falta de hormônio masculino, que diminui a qualidade de vida”, explica.

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